Pelo título do artigo até se poderia pensar que seria sobre alguma actividade de promoção da Guarda ou sua região. Start Guarda, o início, pode significar muita coisa. Muita coisa é preciso fazer nesta região, é necessário desfazer o hiato de desenvolvimento em relação a regiões mais periféricas, o litoral, aproveitando os recursos materiais e imateriais disponíveis.
Ready, ready, go... Start Guarda, retrata um pouco o que defendo a algum tempo, uma verdadeira incubadora de empresas centrada numa área, permitindo a especialização e promovendo os recursos locais ou da região. Portanto, aproveitando a ideia de cluster, a incubadora deverá estar adequada às potencialidades locais, seja na gastronomia, turismo/património, cultura, a agricultura ou até o ar, afirmando-se local e nacionalmente.
Deve ser um espaço que proporcione confiança a quem o vá ocupar, portanto, um espaço que além de disponibilizar uma secretária, cadeira, ligação à internet, ligação telefónica, impressora e uma sala de reuniões, tem que prestar serviços necessários no apoio ao desenvolvimento e consolidação das ideias de negócio. A ideia será gerar riqueza, para o empreendedor, e promoção da região. O Start Guarda, se assim o quiserem chamar, deverá desenvolver um programa de pré incubação, desenvolvimento do modelo de negócios através de tutorias com profissionais especializados, formação especifica, eventos de networking e actividades complementares, tendo em vista o sucesso do empresário.
A Guarda, afirmando no panorama local a sua centralidade, oferece, a nível de infraestruturas, uma vasta oferta. Há espaços na cidade voltados à degradação, empobrecendo a estética da cidade e a segurança dos transeuntes. Além de infraestruturas, a Guarda é rica em associativismo, existem entidades que já deveriam ter debatido há muito tempo, a formalização de uma estrutura que promova a região, havendo algumas que até poderiam, estruturalmente, alojar uma incubadora (mas a ideia continua a de aproveitar edifícios em degradação).
Além das associações comerciais e empresariais, a Guarda usufruiu de outra vantagem, a existência de uma entidade de ensino superior. Em vez de ensaiar projectos internos, casulos locais de incubação, poderá oferecer mais à região. A abertura à comunidade, para trabalhar com ela e para ela, é essencial, deverá promover projectos para a região, fora do campus universitário, contribuindo com o saber, a tutoria.
A Guarda precisa de se mostrar como cidade dinâmica e pró-activa, o capital humano já existe, só é preciso dar valor às suas competências, acreditar nas capacidades, para mostrar ao país e Europa que vale a pena implementar negócios na região. Para tudo isto é necessário desenvolver um projecto efectivo, em associação com vários agentes locais, regionais e nacionais, em vez de se oferecer eventos desgarrados, não concertados, criando, por vezes, confusão em potenciais empreendedores.
Para isto é necessário haver capacidade para discutir e afirmar um objectivo, planear o caminho e avaliá-lo. Todos os agentes têm que estar envolvidos na discussão, começando pelo motor de arranque, a autarquia local. Não só de festas e de operações plásticas vive o povo. Tem que promover o diálogo.
Até um próximo post!
Artigo Completo: Ready, ready, go... Start Guarda!
Fonte: Sentido Interior
5 de abril de 2014
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O CHIBITO: Ready, ready, go... Start Guarda!
Pelo título do artigo até se poderia pensar que seria sobre alguma actividade de promoção da Guarda ou sua região. Start Guarda, o início, ...
11:40 | 5 de abril de 2014
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