6 de abril de 2014

Recordar o Dia de Ramos

Hoje, já quase nem se percebe como era o Domingo de Ramos, um dos dias mais bonitos da aldeia, nos anos 50 e 60.
Naqueles anos seria assim: um pequeno grupo de pessoas - sem ramos - ficava no interior da Igreja, cantando evocativos versos em latim, com as portas encerradas, ficando o resto do povo no exterior, segurando religiosamente os seus ramos e cantando o refrão dos mesmos, sendo que quando terminavam os cânticos, o homem que do lado exterior segurava a cruz, com ela batia três vezes na porta da Igreja e estas se abriam - "As Portas de Jerusalém" - entrando então as pessoas com os ramos de loureiro, oliveira e alecrim, enfeitados com laranjas e maçãs.


"Meninos hebreus estendiam seus mantos no chão
e clamavam cantando: Hossana ao filho de David
bendito o que vem em nome do Senhor".

Os rapazes procuravam que os seus ramos e dos familiares, fossem os mais bonitos, procurando escolher atempadamente a melhor guia de loureiro ou pernada de oliveira, talvez o único dia do ano em que o lavrador olhava para a oliveira sem pensar nas azeitonas que ela dá...alguns com as suas pernadas vergadas faziam lindos arcos que revestiam com alecrim e enfeitavam com flores e laranjas. Os das mulheres, mais  maneirinhos e até mais belos por carregarem a beleza dos jardins, suportadas pelo alecrim, não faltando as tradicionais camélias. Mas isso era o antes. Com o decorrer dos anos, esta bonita cerimónia foi trazida para a rua, junto ao Cruzeiro dos Centenários ou da Fonte da Lameira, com outros cânticos e certamente menos gente, mas o mesmo fervor e alegria que o ar livre permite. De hoje a oito dias a população na rua voltará a acalmar a entrada triunfal de Jesus.
Depois de benzidos, serão guardados religiosamente, até que no dia de Santa Cruz irão enfeitar as cruzes de pau que protegerão as colheitas, ou arder na fogueira da cozinha para afastar a trovoada, invocando em reza  Santa Bárbara (Protectora contra raios, tempestades, trovões e morte trágica).



Artigo Completo: Recordar o Dia de Ramos
Fonte: O Blog dos Forninhenses
5 O CHIBITO: Recordar o Dia de Ramos Hoje, já quase nem se percebe como era o Domingo de Ramos, um dos dias mais bonitos da aldeia, nos anos 50 e 60. Naqueles anos seria ass...

01:43 | 6 de abril de 2014


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