4 de abril de 2014

TERCEIRA FONTE


--- TERCEIRA FONTE DA QUINTA DA PONTE ---

--- CAFARIZ DA CAPELA ---

Esta Fonte está situada quase em frente, do lado esquerdo da Capela do São Miguel.
Esta é a Fonte do do meu tempo, já existia quando eu nasci e ainda hoje existe, mas praticamente em desuso. Tinha um tanque (FONTE) , que fornecia água para duas Pias; uma grande onde bebiam os bois, cavalos e burros e outra mais pequena onde bebiam as ovelhas, cabras etc.; desde há anos que só existe a pia maior.
Desta pia, a água seguia pelo rego da Calçada e continuava pelo rego da Laje, donde
era aproveitada para uma poça e para um tanque para regar as terras.
Pelo São João; era por detrás da bica do chafariz, onde a rapaziada colocava os vasos
dos jardins; que usualmente as raparigas tinham nas sacadas ou janelas de casa; e os rapazes ao escuro da noite os iam surripiar para fazerem a cascata do São João, junto á Fonte; donde as raparigas só os podiam retirar depois das Festas do São João, de contrário eles voltavam ao Chafariz, por obra e graça do Divino Espírito Santo.
A noite depois de regressarem do trabalho da agricultura; enquanto as Mães, cozinhavam a antiga Ceia, os rapazes e as raparigas iam diversas vezes a fonte para abastecer a casa com água para essa noite e para a manhã do dia seguinte e por vezes,
alguns e algumas aproveitavam essa idas á Fonte para namoriscar, ao chegar a casa justificavam a demora, argumentando que estiveram á espera da vez; porque a água para beber, cozinhar etc., tinha de ser da Bica.
Nos anos 44 ou 45 do século passado, a Fonte deixou de funcionar por um largo tempo; devido a rutura na canalização, entre o Chafariz e a Porta da Adega do
Tio Vicente Velho e em vez de repararem a rotura, foram pelo mais fácil; cortaram canalização a cerca de três metros desviados da porta da Adega do Tio Vicente Velho, desterraram e levantaram o tubo a uma altura, pouco mais da altura dum cântaro e aí
se passou a encher os cântaros de água, por muito tempo.
Escrevo este ultimo paragrafo, porque me lembrou de um caso inédito. Nesse ano
houve muito vinho; assim os compradores ofereciam um preço muito baixo; um dia
um taberneiro foi á Adega do Tio Vicente Velho, para lhe comprar o vinho, já me não
lembro bem se lhe ofereceu três ou seis escudos por almude; ele respondeu-lhe, que esse preço nem sequer pagava o trabalho para medir o vinho e ficou tão zangado,
que abriu a torneira do Tonel e o vinho juntou-se ao rego da água pela Calçada
abaixo até vazar o Tonel.
Toda a gente que viu; se admirou e se encheu de rir.
Este homem era muito trabalhador; tinha oitenta e tantos anos e podava as videiras, fazia a escava, a cava, a vindima, carregava as uvas, fazia piza, enchia os toneis sozinho; e chegou a ter cento e tal almudes de vinho.
A sua vinha era numa propriedade chamada Chões, na área onde hoje reside o Senhor Horácio Botelho; seu bisneto.
Este senhor já não tinha dentes, mas com as suas gengivas comia as côdeas do Pão de milho como qualquer jovem;
foi talvez o homem mais saudável da Quinta da Ponte. Faleceu devido a uma inflamação, numa unha do dedo dos pés.
Se não fosse essa inflamação talvez, chegasse a um século .

Kearny 23 de Janeiro de 2014
N, J, – U. S .A
J. C. C.





Artigo Completo: TERCEIRA FONTE
Fonte: Blog dos Pontenses
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04:50 | 4 de abril de 2014


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