João Oliveira Lopes faleceu. Foi assim a informação recebida, ontem, logo pela manhã. Lacónica. Fria. Triste.
Para quem conhecia, como nós, o João Lopes é difícil exprimir, por palavras, o efeito de uma notícia destas, inesperada, geradora de um misto de sentimentos, de interrogações vertiginosas sobre a vida, o quotidiano, o valor do tempo...
Daí que ontem, hoje, mais do que as palavras prevaleciam - em todos quantos querem guardar a memória do familiar, amigo, colega – os olhares tristes e expressivos, os silêncios, quebrados por recordações da forma de estar e de ser do João Lopes; apreciávamos, desde os tempos do Liceu – onde nos conhecemos e frequentamos a mesma turma – as suas qualidades humanas, o seu espírito solidário, a subtileza das suas observações, a desenvoltura das suas ideias, o empenho nos seus trabalhos e projetos, o seu inquestionável sentido de responsabilidade, o seu espírito de abertura e diálogo...
Na Rádio deixou o seu cunho pessoal e criatividade, em especial nos programas que apresentou e produziu, bem como ao nível das iniciativas e projetos em que esteve envolvido (e que não cabe aqui enumerar, até pelo notório conhecimento público...); muito particularmente no programa Escape Livre e no Clube com o mesmo nome.
Para além do doloroso afastamento (prematuro) da sua família, a ULS da Guarda perdeu um excelente profissional; a rádio e a comunicação ficaram sem um excelente comunicador; um grande número perdeu um amigo; a escrita perde um promissor romancista; o Voluntariado ficou sem um dos seus empenhados elementos, a cidade perdeu um dos seus cidadãos de corpo inteiro.
Mas João Lopes será sempre uma presença na nossa memória, pelo seu percurso, pelo seu exemplo, pelas suas qualidades pessoais e profissionais, por tudo quanto o tornava uma pessoa distinta...
H.S.
Artigo Completo: João Lopes: para sempre na memória
Fonte: correiodaguarda
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