Fig. 1 - Lagareta junto a um moinho, nas margens da Teja.Cravadas na rocha pela mão humana, nestes engenhos se pisavam as uvas, em tempos remotos.
Fig. 2 - Pormenor do canal de escoamento da lagareta junto ao moinho.
Pensa-se que a cultura da vinha na Península Ibérica terá sido iniciada nos vales do Tejo e Sado pelos Tartessos cerca de 2000 anos antes de Cristo. Nos séculos seguintes, os Fenícios (séc. X a.c.) terão trazido castas de videiras para terras da Lusitânia, seguindo-se, no séc.VII a.c., os Gregos, e os Celtas no séc. VI a. c. Os Gregos ganharam fama na forma de fazer o vinho.
A vinda dos Romanos (194 a.c.) veio trazer um enorme desenvolvimento na cultura da vinha, sobretudo devido ao aumento do consumo de vinho em Roma. Após a queda do Império Romano e já com a implantação do Cristianismo (séc. VI e VII depois de Cristo), o vinho tornou-se essencial nas cerimónias do acto da Eucaristia.
Com a vinda dos Árabes (séc. VIII d.c.), apesar de o Corão proibir o uso de bebidas fermentadas, a produção e uso do vinho não foi vedada pelos soberanos árabes, mesmo no Algarve, onde este povo se manteve mais de cinco séculos. Mais tarde, a cultura árabe iria refrear um pouco a produção desta bebida.
Na Idade Média (séc. XII, XIII e XIV), a cultura da vinha ganha novo impulso, tornando-se o vinho um elemento importante na dieta dos portugueses. As exportações aumentaram e tudo em parte devido ao trabalho das Ordens religiosas. Os vinhos portugueses registaram enorme renome, inclusive no Norte da Europa.
Artigo Completo: Pequena história do vinho e da vinha em Portugal I
Fonte: Chãos - aldeia do concelho de Mêda
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