Eu gosto de desenhar automóveis. Com três ou quatro anos de idade desenhava comboios e automóveis, obviamente tão estilizados como o são os desenhos de crianças dessa idade e de alguns autores vanguardistas que querem fazer da BD uma "picassada" modernista.
Por isso, a peça que hoje levo a este meu espaço de arquivo. Sim, porque é um arquivo que eu disponibilizo a quem o queira ler ou ver, sem me importar se são muitos ou poucos, se apreciam ou
vilipendiam o estendal que aqui deixo ao "relento".
Como gosto de desenhar automóveis, o paradoxo é pretender desenhá-los em fim de vida - vulgo sucatas - tendo-o feito em algumas BD's.
É o caso desta prancha de vinheta única, que hoje aqui coloco, perdida entre outros papéis, pois que perdida a função que ela tinha na série que desenhei sob o título genérico "Se o meu carro falasse...".
Trata-se de um trabalhosem retoque final, executado com marcadores de diversas espessuras.
Um automóvel abandonado tem muitas histórias para contar.
Quando as vemos perdidas e abandonadas num espaço isolado ou em parque de sucateiro, há ali uma nostalgia que me prende particularmente a essas viaturas e imagino as alegrias dos seus proprietários na primeira viagem que fizeram com elas, os amores e desamores passados nos seus habitáculos, as peripécias e as contravenções, naturalmente assacadas à fragilidade humana, ao longo de milhares de quilómetros.
Voltarei com outros automóveis em artigos que intercalarei, porque para além de fazedor deste blog, sou o seu assíduo leitor.
Artigo Completo: DESENHAR AUTOMÓVEIS - 1
Fonte: BANDARRA BANDURRA
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