Foto cedida por Carlos Gata
Este é um dos locais mais belos e mais significativos da Vila. A própria toponímia,de que se vai perdendo memória, nos elucida sobre o lugar. Esqueçamos a rua estreita que da Praça nos traz aqui. Chegados às Portas(nome e realidade tardia), tomava-se a Rua Direita para chegar ao Arco - estas sim, portas mesmo de abrir e fechar por onde se entrava na cidadela. O edifíco que serviu de Paços do Concelho, Escola Primária, residência paroquial, sede da Junta de Freguesia, sede da Associação Cultural e Recreativa de Vilar Maior e que agora devia exercer as funções de museu, não existia como não existia a atual escadaria que é recente. Havia, sim, um muro, uma forte muralha na qual se inseria o edifíco da cadeia, razão pela qual ao local se chama de Muro. A casa dos herdeiros de José Santo, antes do século XX era apenas rés do chão. O imponente barroco ao centro do edifício teve direito a nome próprio - o Barroco dos Martírios - vá-se lá saber porquê. Castigos aplicados aos presos? Na monografia «Vilar Maior, minha terra, minha gente», é recordado este lugar soalheiro onde se pasmava, conversava e jogava, numa quadra:
No Barroco dos Martírios
Dá-se à língua e faz-se a meia
Atrás ouvem-se os murmúrios
Dos presos na cadeia
A enriquecer o lugar, foi descoberto, recentemente, um jogo (tipo castro) que está devidamente sinalizado e protegido.
O edifício das duas salas que serviram de escola até ao de 1959, teve um acrescento por volta de 1870, ano em que a Junta mandou construir a casa do professor que ficou ligaada ao edifício já existente e com ligacão interna para o mesmo.
Porém o que me levou a publicaar esta fotografia é um motivo que só os mais velhos que eu - e os mais atentos - se darão conta. No lado esquerdo da forografia, hão-de notar um miúdo sentado numa resguarda de um balcão que tinha um alpendre. Era uma dos mais belos balcões da Vila. A insensibilidade da época levou à sua destruição e a trocá-lo por um enorme paredão.
Artigo Completo: Redescobrindo o passado
Fonte: vilarmaior1
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