Os da minha idade e mais velhos sabem como eram as tardes dos domingos na Vila, num tempo em que o espetáculo e o divertimento eram feitos do corpo e da voz dos que se queriam divertir, sobretudo rapazes e raparigas. O lugar mais habitual era o largo do Pelourinho. As danças de roda tinham um lugar especial na animação, como esta:
Encadeia
Encadeia, meu encadeado
Não me aperte a mão
Que me estala o braço
Encadeia, dá-me um beijinho
Encadeia, dá-me um abraço
Eu passei numa terra estranha
Pedi esmola, ninguém ma deu
Eu hei-de deixar escrito:
"À fome ninguém morreu"
Encadeia, meu encadeado
Não me aperte a mão
Que me estala o braço
Encadeia, dá-me um beijinho
Encadeia, dá-me um abraço
Tu dizes que me namoras
Já te andavas a gabar
Tenho toalha mais limpa
Se me quiser alimpar
Encadeia, meu encadeado
Não me aperte a mão
Que me estala o braço
Encadeia, dá-me um beijinho
Encadeia, dá-me um abraço
Julgavas que eu te queria
Olha o engano do mundo
Os meus olhos já navegam
Em outro poço mais fundo
Artigo Completo: Danças de roda
Fonte: vilarmaior1
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