A crise das subsistências
Na Gazeta de Coimbra de 19 de Setembro de 1917 podia ler-se que “ em várias terras dos concelhos de Ceia e Gouveia dão-se tumultos. Em Coimbra há falta de farinha”.
Na actualidade ainda há pessoas a ter necessidades alimentares, mas que em nada se compara com a miséria que então se vivia em Portugal.
A falta de géneros levou as populações de “ Lagarinhos, Vila nova de Tazem, Pinhanços, e Quintela, dos concelhos de Ceia e Gouveia, se levantarem por causa do excessivo aumento do azeite (...).
“O povo armou-se com os instrumentos da lavoura e invadiu as propriedades. A força publica compareceu, mas nada pode fazer”.
(...) A falta de azeite nalguns concelhos levou a população a impedir “ que os referidos produtos sejam exportados”.
Em Torrozelo, constava-se que havia um proprietário que “ possui mais de 10.000 alqueires de azeite, enquanto que noutras localidades a sua carestia é bastante acentuada”.
Em Quintela, um homem que ali se deslocou para comprar grande quantidade de azeite foi “ assaltado pela multidão que o obrigou a abandonar a carga e a vender o azeite a $40 o litro quando este individuo o tinha adquirido a $55”.
A escassez de azeite levou as pessoas dalgumas terras dos concelhos de Seia e Gouveia a “assaltar os estabelecimentos comerciais”. Em Torrozelo, não há notícia que tal tenha ocorrido.
Artigo Completo: A crise das subsistências
Fonte: António Madeira
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