Antoninho, cacho d´uva,
Oh quem te depenicara:
De baguinho, em baguinho,
Que nem um só te deixara.
Ó meu amor, vinho, vinho
Que eu água não sei beber;
A água tem sanguessugas,
Tenho medo de morrer.
Vinho feito a martelo,
bebe-se de qualquer maneira;
Mas para animar a malta,
Não há como o da videira.
A videira muito alta
Faz sombra, não dá mais nada;
Mas para dar belas uvas
Precisa de ser podada.
Menina que anda na vinha,
Dê-me um cachinho alvar;
Que eu lhe darei um arinto,
Quando o meu pai vindimar.
Não quero ricos cavalos,
Nem os palácios reais;
Queria ter uma adega
Com trinta pipas ou mais.
Chora a videira,
Chora a videirinha;
Chora a videira
Olha a rosa minha.
Chora a videira,
Chora, chora, chora
Pelo vinho mosto,
Que se vai embora.
ALEGRIAS POPULARES, Cancioneiro Folclórico do Concelho de Seia, BA, Jaime Pinto Correia, vol. I, 1952, vol. II, 1967
Artigo Completo: Chora ó videira
Fonte: Aldeia de Valbom
23 de setembro de 2014
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O CHIBITO: Chora ó videira
Antoninho, cacho d´uva, Oh quem te depenicara: De baguinho, em baguinho, Que nem um só te deixara. Ó meu amor, vinho, vinho Que eu...
03:56 | 23 de setembro de 2014
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